Da memória...

Pode passar uma eternidade mas há coisas que não esqueço, não perdoo. A maldade gratuita é uma delas, principalmente dentro de uma família. Como é que se pode continuar a gostar de alguém que nos faz mal sem qualquer motivo? Como é que se consegue deixar que uma pessoa assim faça parte da nossa vida?

Costuma dizer-se que a família não se escolhe. Concordo mas só até certo ponto pois chega a uma determinada altura da vida que podemos, se quisermos, escolher quem queremos que faça parte da nossa família, mesmo que sejam apenas a família do coração. Esse poder de escolha ninguém nos pode tirar. Ora, se alguém da família de sangue nos faz mal constantemente, é-me impossível, deixar que essa pessoa faça parte da minha família (do coração), porque alguém assim não merece fazer parte da minha vida.

Mas não somos todos iguais. Há pessoas que têm a memória curta e parece que se esquecem das maldades que lhes fizeram voltando a cair no mesmo erro que tanto lhes causou dor no passado. Ora, nada disto me importava se não gostasses tanto das pessoas que estou a ver repetirem o mesmo erro. Mas eu importo-me porque gosto. E saber que não pude fazer nada para o evitar ainda faz com que fique mais revoltada com a situação. Porque um dia elas vão sofrer... e eu com elas!!